sábado, 24 de setembro de 2011

Interatividade e Ludicidade


Interatividade e Ludicidade

Ludemberg Pereira Dantas

Com a abreviação TIC: tecnologias de informação e de comunicação, é levado em consideração o processo pedagógico no seu desenvolvimento com a interação entre os meios de comunicação na perspectiva de oferecer sempre a informação.

 Mesmo na modernidade, se percebe que ainda é adotado o modelo de educação tradicional, onde o professor deposita conteúdos ao aluno, a exemplo da “educação bancária”, discutida por Paulo Freire, onde o aluno acaba esquecendo rapidamente tudo que foi aprendido, uma vez que passou a decorar os conhecimentos e não captar as informações, como deveria para haver real aprendizagem.

Programas do governo Federal em nome do secretário Cézar Alvarez, do Ministério das Comunicações, para “ampliação dos tele centros e a qualificação das lan houses” possibilita ao aluno a se envolver, mas com o aprendizado, uma vez que é disponibilizada a internet, o computador, o vídeo, existindo assim chamas a novos meios de interação e conhecimento.

Com programas educativos, a exemplo do citado acima, percebemos a importância do uso das TIC para a formação do estudante, uma vez que o professor não mais se torna o “único” responsável por total transmissão de conteúdos e sim, fundamental importância na continuidade da busca pela educação. Usando da interatividade, aluno e professor estarão ao mesmo tempo abrindo portas para novas perspectivas.
É importante que as novas tecnologias sejam usadas na intenção de mostrar mudanças significativas de ordem na educação, e não deixar que o aluno continue como receptor, que obedece a velhas práticas educativas, e sim favorecer recursos que possibilitem usa comunicação da aula, com visões de futuro, na forma de ser, pensar e agir.

Na sala de aula, a interatividade se dar com a oportunidade do aluno ter novas relações, onde todos apresentam suas vivências na busca de construir novos conhecimentos em grupo, sem deixar de considerar que o professor terá fundamental importância nesse processo.

Tanto a ampliação dos tele centros e a qualificação das lan houses, o Brasil é um país que muito se vive em busca de melhoria na educação. Como exemplo, temos também o ensino EAD, onde faculdades oferecem equipamentos com aulas ministradas por vídeo conferência na intenção de diminuir a exclusão social e digital do país. Ações assim, são de fundamental importância para que o aluno fique “sempre plugado” no meio educacional.
Além de poder se envolver na interação com o outro, como apresenta Cipriano Luckesi, o aluno tem a necessidade de vivenciar a ludicidade, abordada em sociedade, no seu desenvolvimento, no processo de ensino-aprendizagem.

Entendida como uma atividade lúdica uma atividade divertida, é notável que o rendimento dessa ação nos processos educacionais é bastante favorável para o rendimento sadio de aprendizagem e comportamento do aluno, onde o mesmo passará a ter mais vivacidades e rendimento na sua vida como estudante e ser racional, uma vez que se comportará mais flexível, alegre e saudável.

Luckesi defende Ludicidade também “como uma experiência interna de consciência, um estado de espírito, um fenômeno interno do sujeito, que possui manifestações no interior”. Nessa perspectiva, a ludicidade é frequente do próprio homem, quando há um encontro de “si em si”, ou seja, uma abertura a novos caminhos, seguidos pelo reconhecimento do seu eu individual, de sua alma, quando passa a agir ludicamente, na sua paz interior.

Levando em consideração também que a ludicidade está presente na dimensão coletiva, quando o eu em harmonia com o outro passa para “nós” e assim, um novo convívio de ética e moral são lançados diante a sociedade.

É importante considerar que a ludicidade dependerá do momento em que o individuo se encontra, uma vez que o seu estado de espirito, o seu comportamento dependerá de sua história pessoal de vida, do seu meio social, ou seja, a ludicidade como um estado de consciência.

Com relação a história apresentada nos quadrinhos “Charges de Gerações”, percebemos que o professor ministra sua aula com o método considerado “atrasado”, copiando a mão o conteúdo preenchendo todo o quadro, e os alunos usam aparelhos tecnológicos, como celulares, máquinas digitais para fotografarem tudo que o professor escreveu, onde todos permanecem em desordens, sem ter rendimento e entendimento do assunto. Esse método de comportamento não é viável em meados do século XXI, momento de transformação e mudanças nos aspectos socioculturais e educacionais.

Em consideração a ludicidade é notável sua presença nos diversos momentos de um grupo, principalmente quando percebermos a liberdade de expressão, a aceitação de opiniões, a valorização do outro.

As atividades lúdicas, como também o momento de interatividade, são momentos de criação da identidade, construída desde o brincar da criança, que segundo Piaget, o desenvolvimento acontece em fases de comportamentos da criança até a sua formação adulta, e Luckesi afirma que “o brincar é toda atividade lúdica”, com isso, percebemos que todo o processo de rendimento na educação é fruto de uma vivência familiar, social e cultural.

Portanto, percebemos a importância que o professor, o aluno, a educação, têm para a formação de uma sociedade mais participativa das questões sociais, a fim de poder oferecer alternativas capazes de transformar a imagem e a realidade de um povo, que sofre, sonha e acredita em um presente e um futuro próspero e saudável.

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