quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Como Estrelas na Terra, toda Criança é Especial

RESENHA DO FILME:
Ludemberg Pereira Dantas
O filme Como Estrelas na Terra toda Criança é Especial, é uma produção de cunho educacional, que garante ao público telespectador a se envolver na história do garoto Ishaan Awasthi, que traz consigo desafios para poder seguir a vida. Uma história marcante, que mostra o dia-a-dia de uma pequena criança de 8 anos de idade, que apresenta a dislexia, (doença que leva o homem a ter dificuldade em ler e escrever as palavras), deparando-se com dificuldades que chegam a interferir no seu comportamento.

O pequeno Ishaan Awasthi sofre toda uma falta de atenção, principalmente por parte de seu pai, que não busca entender o motivo da dificuldade do filho, chegando a tratá-lo indiferente, questionando ser uma criança desatenciosa nos estudos, que já repetiu a 3ª série, acreditando ser o motivo falta de desinteresse, correndo o risco de repetir novamente, sendo assim um fracasso para ele, quando tem em casa seu outro filho, que é considerado um dos primeiros alunos da turma, com notas excepcionais em todas as matérias. Ishaan é rejeitado também na rua, na escola e por seus vizinhos.

Uma criança com uma grande capacidade de raciocínio, tendo na arte seu refúgio. Criador de belas pinturas e dono de uma imaginação ao extremo. Não sabendo o motivo de sua necessidade, passa a ver as palavras com um olhar diferente, no mundo da imaginação. Sofre toda uma tortura desde o momento que acorda, tendo que ir para a escola, perdendo o horário do ônibus com freqüência e sempre sendo chamado à atenção. Uma rotina diária de uma família que não tem o tempo necessário para oferecer a atenção que um dos filhos necessita. O pai, sempre preocupado com seu trabalho, a mãe, envolvida nos afazeres domésticos, sendo a pessoa que mais da atenção ao filho, e o irmão mais velho, a que apesar de não entender a dificuldade do caçula, o apóia e o motiva, chamando-o sempre de campeão.

Uma educação modelo tradicional é marcada, quando a escola passa a seguir as doutrinas impostas buscando obedecer a seu método pedagógico, fazendo com que as crianças permanecem dependentes das regras que acreditam ser o caminho de uma boa educação. Exemplos, como no momento que é preciso conferir os uniformes de cada aluno, não permitindo que a criança usufrua do espaço educacional por apresentar os sapatos sujos; e também, quando em sala de aula a professora manda localizar a página, capítulo e parágrafo do assunto a ser estudado, Ishaan é motivo de risos, por não conseguir chegar ao pedido da professora. A dificuldade é somada quando lhe é mandado fazer a leitura da página, ele não consegue, sendo localizada com a ajuda do colega, e também para destacar os adjetivos, o pequeno não os identificam, afirmado que "as letras estão dançando", momento que busca ser sincero e acaba sendo motivo mais uma vez de risos e a própria professora não lhe entende e nem busca entendê-lo, expulsando-o da sala, chamando-o de "sem-vergonha".

As fantasias, a vontade de viver um mundo novo, de imaginação, de criatividade, de arte, fazem de Ishaan uma criança especial. Viver um espaço à força, sem poder sentir-se ativo, igual, desperta no homem uma melancolia. É como acontece com o pequeno, que acaba sendo obrigado a estar na escola sofrendo diversas contrariedades. Evitando os constrangimentos de sua diferença, o menino chega a fugir de sua realidade, quando pede ao irmão para lhe escrever um atestado, evitando assim ausentar-se da avaliação de Matemática, até que consegue. Faltando a aula, vai para as ruas, onde vivem os encantos da liberdade, do prazer em sentir digno e capaz de entender o seu momento quando vai ao aquário da cidade, sendo um de seus prazeres.

Não compreender o motivo de um problema, não buscar identificar a causa de tais conseqüências, transforma o homem em um ser ignorante. O pai de Ishaan o manda direto para um colégio interno. Por conseqüência, apesar de todo um desafio tanto para a família como para a criança, de terem que conviver com a distância, acaba sendo o caminho ao qual a felicidade vem a reinar entre todos. Obedecer a novas regras, seguir novas doutrinas, conhecer pessoas novas, fazem com que uma mudança transformadora nasça na vida do menino que não entende o porquê de todo esse acontecimento, considerando-se inferior aos seus colegas. Uma criança que busca apenas ser normal e acaba considerado anormal. Uma mente que além de pensar consciente, age fantasticamente, no seu silêncio, sofrendo maus tratos de não poder mostrar-se igual a todos.

Toda uma rotina de rejeição, de exclusão, já vividos desde cedo na escola e em casa, fazem com que Ishaan sofra mais ainda quando já se faz presente em outro ambiente escolar. Passa a viver constrangido, quieto, indiferente, só. Dedica-se a pintura, momento ao qual nunca o desprezou. A nova sala de aula leva o menino a continuar acreditando em uma vida de rejeição e insegurança. As palavras continuam a dançar em sua frente. A leitura e a escrita permanecem sendo seu desafio, pois a dislexia é freqüente no cotidiano.

A aula de artes, a que mais o encanta é o motivo ao qual se sente mais real em todos os seus momentos. O modelo tradicional de ensino da época acaba que não descobrindo o talento das crianças, a exemplo, quando é pedido para Ishaan explicar a mensagem de um poema com leitura feita em sala de aula e o garoto explica o real sentido da mensagem, sendo desconsiderado pelo professor e mais uma vez motivo de risos entre os colegas, sendo reconhecido por seu amigo que ele sim fez a explicação correta e não foi aceito pelo fato do professor educar os demais com seu método de repetir tudo que ele diz. Outra parte é quando na aula de artes o professor exige que Ishaan localize um ponto minúsculo feito no quadro e ele o passa por despercebido, chegando a levar cinco palmatórias.

Mais uma vez, tudo se repete. Ishaan não consegue ser a criança que todos querem. Mesmo no colégio interno, suas ações permanecem iguais. Com isso, a rejeição, o desprezo, o desencanto e mais risos. Uma nova fase nasce em sua vida, quando recebe como presente um novo professor de Artes, que vem ao encontro da turma com uma postura alegre, brincalhão, amigo, diferente das doutrinas da escola. O professor Ram Shankar Nikumbh chega, surpreendendo e alegrando as crianças, mas Ishaan permanece igual, uma vez que seu consciente já sofre o preconceito por ser diferente, prejudicando-lhe e fazendo de si uma criança desequilibrada, incapaz e infeliz.

O professor Ram passa a ter uma atenção especial por Ishaan, quando percebe que algo o perturba e demonstra uma criança assustada, e por depoimento de seu melhor amigo, afirma que Ishaan, por mais que tente não consegue ler e escrever, sempre recebendo punições, e seus livros sempre marcados com correções em vermelho. Nesse momento, o novo professor de Artes busca entendê-lo, é quando percebe as dificuldades do menino e descobre, através de visita a sua família, que o mesmo é portador de dislexia, e ao mesmo tempo um talento novo, um grande artista, que trás nas suas artes todo o universo o qual vive em silêncio. Sabendo do motivo de seu comportamento, pela dislexia, Ram leva para sala de aula toda uma explicação e exemplos do problema, o qual os grandes homens do mundo já enfrentaram, a exemplos de Albert Einstein e Leonardo da Vinci. Assim, Ram admite para Ishaan também ter enfrentado a dislexia e promete ajudá-lo. Uma nova fase nasce na vida do pequeno, a alegria reina e sua vida passa a ter mais sentido.

A cada instante Ishaan surpreende seu novo professor de Artes, o qual não o abandona e passa a ter um carinho especial. Busca todas as maneiras possíveis do reconhecimento do garoto em se sentir e mostrar-se uma criança normal. Pede ajuda a direção do colégio em oferecer novas oportunidades ao menino, assumindo que seu problema é a dislexia e firmando ser um aluno brilhante.

Aluno e professor, uma relação mais que sincera de fraternidade, de carinho e atenção, na busca da educação como forma de valorização à vida. Com todo esse sentimento de fraternidade Ram Shankar Nikumbh, sabedor da capacidade de Ishaan pela arte, decide realizar um concurso de pintura entre todas as pessoas do colégio. Despertando atenção entre os participantes em um momento de grande movimentação e sucesso, surge como resultado o brilho de um artista mirim, Ishaan Awasthi, que mostra atravéz de sua pintura o resultado de um talento, que vivendo uma vida de exclusção por conta de sua necessidade com a dislexia, passava a ocultar uma vida sadia, de valores, capazes de encantar e alegrar a todos através de uma inteligência, que mostra na arte o seu valor.

O comportamento do pequeno Ishaan está presente nos estudos do Behaviorismo, sendo John B. Watson o americano que inaugura o termo, onde behavior significa comportamento. Uma teoria comportamental que visa estudar o comportamento humano, mostrando que as pessoas que sofrem com uma problemática assim, chegam a se depararem com problemas psicológicos.

“O homem começa a ser estudado como produto de aprendizagem pelo qual passa desde a infância, ou seja, como produto das associações estabelecidas durante sua vida entre estímulos e respostas”. O problema presente no filme como o menino Ishaan, mostra que todo individuou com comportamentos estranhos merecem uma atenção especial. Assim, como toda ciência, o Behaviorismo vem a compreender, através da filosofia, da psicologia, o comportamento presente no indivíduo buscando respostas e soluções para tais fins.

O estímulo que o menino recebe é pouco, considerando que suas conseqüências são frutos de sua atenção. O reforço pode ser positivo ou negativo. No caso de Ishaan, predomina a vontade de Ram, seu professor de Artes que busca erguê-lo e lhe reconhecer como um sujeito normal. “A análise experimental do comportamento humano pode auxiliar-nos a descrever nossos comportamentos em qualquer situação, ajudando-nos a modificá-los”. “Todos nós controlamos, e somos controlados. À medida que o comportamento for mais profundamente analisado, o controle virá a ser mais eficaz. Mais cedo ou mais tarde o problema deverá ser encarado”.

O ensino aprendizagem em todo momento é resultado das atitudes e trabalho desenvolvido pelo professor, que usa a educação como meio de transformação. Uma vez um modelo de ensino tradicional, com normas, regras, buscando a disciplina, nem sempre se chega a um resultado positivo. O aluno, ao invés de se envolver, chega a se torturar e se amedrontar. Como acontece no filme em destaque, onde todos os alunos são presos às doutrinas das propostas pedagógicas. “O professor fala e o aluno escuta. O professor dita e o aluno copia. O professor decide o que fazer e o aluno executa. O professor ensina e o aluno aprende.”

A análise do filme Como Estrelas na Terra toda Criança é Especial, forma o conceito de que a educação é para todos, independentemente de sua diferença psicológica ou social. Uma criança sempre tem um mundo a construir, capaz de surpreender e transformar a humanidade com sua inteligência. Sendo mestre na vida de todo aluno, o professor deve construir uma visão de mundo para esses pequenos, na possibilidade de fazer com que todos se sintam livres e capazes de conquistar um espaço seu, formando um cidadão do bem, da verdade, de valores e de fragilidades, na construção de um presente e de um futuro com garantia e valorização de sua existência.


Referências Bibliográficas:

Filme: Como Estrelas na Terra, toda criança é especial. Direção: Aamir Khan, Amole Gupte. Produtor: Aamir Khan.

O Behaviorismo. Transição do capítulo 3 do livro de BOCK, Ana; FURTADO, Odair e Teixeira, Maria. Psicologias. Uma introdução ao estudo da Psicologia. São Pualo: Saraiva, 1992. Pág. 38-47;

BECKER, Fernando. Modelos pedagógicos e modelos epistemológicos.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Monteiro Lobato e Pedrinho: Uma literatura infantil

Monteiro Lobato e Pedrinho: Uma literatura infantil



 Ludemberg Pereira Dantas

Entre os séculos XIX e XX, a Literatura Infantil surge patrocinada por autores que escreveram livros para crianças. Antes da ascensão da burguesia não havia livros de literatura específicos para os pequenos e, se eles quisessem ler, deveriam fazê-lo utilizando-se de textos adultos. Publicada entre os anos 20 e 40, as editoras começam a prestigiar o gênero. A fantasia e a criatividade foram diretamente disciplinadas, bem como a valorização da nova e atuante geração modernista, com uma forma de expressão verdadeiramente representativa do povo brasileiro, a exemplo do maior representante: José Bento Renato Monteiro Lobato.

Sabendo aproveitar o momento contemporâneo, Monteiro Lobato passa a criar personagens de diversos apelos e representação social. Seus contos de fadas apresentam cenários para se envolver em temas como a Segunda Guerra Mundial, o desenvolvimento industrial, a emancipação econômica; vivenciando um universo imaginário.

Entre as obras de Lobato, a que surge em especial nos primeiros livros, trata-se do Sítio do Pica Pau Amarelo, uma propriedade até certo ponto característica da economia agrícola brasileira. Com características apresentadas às das fazendas cafeeiras paulista, o Sítio nasce como uma metáfora ao Brasil, passando a representar cada vez mais o país como ele desejava que o fosse: o país do petróleo, da autonomia econômica.

“O Sítio de Dona Benta ficava num lugar muito bonito. A casa das antigas, de cômodos espaçosos e frescos. Havia o quarto de Dona Benta, o maior de todos, e junto o de Narizinho, que morava com sua avó. Havia ainda o “quarto de Pedrinho”, que lá passava as férias todos os anos; e o da tia Nastácia, a cozinheira e o faz-tudo da casa. Emília e o Visconde não tinham quartos; moravam num cantinho do escritório, onde ficavam as três estantes de livros e a mesa de estudo da menina”. (LOBATO, Monteiro. O sítio de Dona Benta).

Com a Revolução Industrial, as crianças burguesas passam a representar papel importante na sociedade, já que precisam ser preparadas e capacitadas para o futuro, através da educação, a fim de enfrentar um mercado competitivo em rápida expansão. Os jovens devem ser preparados para serem vencedores em um mundo em constante disputa. Dessa forma nasce a literatura para crianças como um auxiliar das escolas na formação do pequeno cidadão em seu aprendizado dos valores capitalistas, ou seja, a literatura como um agente doutrinário. Esse desenvolvimento da literatura infantil serve de apoio para a formação de uma identidade nacional.

Com obras educativas e divertidas, Monteiro Lobato produziu metade de sua produção literária com livros infantis. Leu tudo que havia para crianças em Língua Portuguesa. Foi estudante do curso de Letras, além de perceber na infância, talento pela arte de desenhar. Tornou-se bacharelado em Direito. Dizia sempre o que pensava, agradasse ou não. Defendia a sua verdade com unhas e dentes, contra tudo e todos, quaisquer que fossem as conseqüências. Era a favor de uma arte devidamente brasileira. Passou a tratar os livros como produtos de consumo, com capas coloridas e atraentes, e uma produção gráfica impecável. Sua vida e sua obra ainda hoje servem de inspiração e exemplo para milhares de crianças, jovens e adultos do Brasil.

“Pedrinho não podia compreender férias passadas em outro lugar que não fosse o Sítio do Pica Pau Amarelo, em companhia de Narizinho, do Marquês de Rabicó, do Visconde de Sabugosa e da Emília. E tinha de ser assim mesmo, porque Dona Benta era a melhor das vovós; Narizinho, a mais galante das primas; Emília, a mais maluquinha de todas as bonecas; o Marquês de Rabicó, o mais rabicó de todos os marqueses, e o Visconde de Sabugosa, o mais “cômodo” de todos os viscondes. E havia ainda tia Nastácia, a melhor quituteira deste e de todos os mundos que existem. Quem comia uma vez os seus bolinhos de polvilho, não podia nem sequer sentir o cheiro de bolos feitos por outras cozinheiras”. (LOBATO, Monteiro. Em férias).

Em consideração a obra, Caçadas de Pedrinho, percebe-se a magnitude de um pequeno garoto, capaz de levar suas idéias e ações usando da mais suprema esperteza, atenção e inteligência. Sempre atencioso para as estranhezas presente no Sítio, Pedrinho representa o menino que nada tem a temer a não ser sua “ousadia” em descobrir e mostrar-se capaz de encarar todas as aventuras.

Uma onça do Capoeirão dos Taquarussus faz-se presente no Sítio do Pica Pau Amarelo. Sabendo da notícia daquele novo habitante, o garoto busca não revelar para Tia Nastácia e Dona Benta, afirmando para a turma querer ir à caça do animal. Essa característica, muito presente no personagem, é freqüência dos ideais de Monteiro Lobato, em construir uma figura masculina capaz de mostrar-se detentora de uma autonomia, de um poder, de liderança, capaz de responder e ser presente nas decisões de um grupo.

Vencendo-os a caça à onça: Emília, Narizinho, Cléu (a famosa que falava pelo rádio e de vez em quando escrevia cartas a Narizinho, que estava de visita ao Sítio), e Pedrinho, revelando-se entre todos: o maior responsável para tal fim, quando usa de sua espingarda, com pose nas escondidas da vovó. É quando, passa então a ser desafiador, querendo algo mais aventureiro e difícil. É nesse momento, que o “grande menino pequeno” busca viver mais e mais planos.

“Desde essa aventura ficou Pedrinho com mania de caçadas, mas caçadas de feras africanas. Queria leões tigres, rinocerontes, elefantes, panteras, e queixava se a Dona Benta (como se a boa senhora tivesse culpa) da pobreza do Brasil a respeito de feras. Chegou a propor-lhe que vendesse o sítio para comprar outro bem no centro de Uganda, que é a região da África mais rica em leões.” (LOBATO, Monteiro. Caçadas de Pedrinho. 1933).

A caça presente na segunda parte da obra é a favor de um rinoceronte. Pedrinho, na companhia de Emília, boneca de pano esperta, sempre presente nas histórias de Monteiro Lobato, usam de artimanhas para ter em mãos um animal diferente e único entre eles: um rinoceronte fugido de um circo do Rio de Janeiro, que aparece no Sítio de Dona Benta. Esse momento é levado na obra como uma suposta crítica a política brasileira, quando os personagens adultos surgem com imagem de corruptos, tendo a certeza e o desinteresse de não encontrar o animal, possibilitando assim, a garantia de uma estabilidade financeira, perdendo o emprego caso conseguissem caçá-lo. Toda esperteza, planos, dos pequenos, em especial de Emília, fazem com que o animal permaneça também entre todos os moradores do Sítio.

A figura do personagem Pedrinho, desperta no leitor e também no público em geral, a imagem de um garoto corajoso e inteligente, capaz de encarar as mais arriscadas aventuras para uma criança. Essa idéia de “menino valente” possibilita a construção de um ser digno de superação, na certeza de que todo o medo deve prevalecer distante dos objetivos, quando eles surgem no propósito da dignidade, da valorização à vida, da superação às dificuldades, da garantia de erguer-se diante as conseqüências e tornar-se capaz, forte e vencedor.

Caçadas de Pedrinho é uma obra bem recebida pelo público em geral, um livro bastante trabalhado nas salas de aula pelos professores. Classificando como uma ficção do autor, a mensagem presente garante ao público leitor a certeza de que a obra lobatiana é rica na fantasia dos personagens, na realidade brasileira, com uma crítica à política do momento. Monteiro Lobato deve prevalecer na leitura do público em geral, mostrando o valor da Literatura Infantil, capaz de identificar nas palavras a garantia de uma vida melhor.

Referências bibliográficas

ZILBERMAN, Regina. Literatura infantil: livro, leitura, leitor. In: __Belinky, Tatiana. A produção cultural para crianças. 4. ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1990;

LOBATO, Monteiro. Caçadas de Pedrinho, Edição Integral e Ilustrada. Vol. III, Arlindo San, 1933;

LOBATO, Monteiro. O sítio de Dona Benta.