quinta-feira, 17 de junho de 2010

Fábula: Seminário na Floresta

Tema: O desmatamento

Ludemberg Pereira Dantas

Em uma manhã de domingo, passeando pela floresta dona Joseja, uma senhora muito preocupada com o meio ambiente, percebe o quanto que a natureza está sofrendo com o desmatamento. É nesse momento que ela passa a lutar a favor da sobrevivência do homem e dos animais. Com isso, decide conversar com os moradores dali. De início, depara-se com o leão feroz:

- Olha seu leão, não venha ser bravo comigo não, porque hoje eu quero uma reunião!

- Quero a presença de todos para uma conversa séria: um seminário na floresta, com perguntas, questionamentos e sugestões.

Seu leão muito atento à nova visita e no que poderia acontecer com aquele evento, afirma:

- Sim, fique a vontade, a casa é da senhora e a nossa atenção também.

Com isso seu leão passa então a espalhar a notícia:

- Atenção a todos: hoje estamos com a visita da senhora Josefa. Ela está observando a floresta e preparando um seminário e exige que todos nós estejamos presentes para ouvi-la e participar também.

Sendo assim, a bicharada toda se reúne:

Chega seu macaco, com a macaca Fifia e os três macaquinhos. Seu macaco questiona:

- Já estou gostando desse encontro. Sei que vai ser bom para todos nós, porque tem muita coisa errada acontecendo por aqui. Quase que não tenho mais árvores para andar pulando de galho em galho. Isso ta errado!!!

Aparece também dona Girafa e família. Os tigres Filó e Fileno. As onças, as zebras, os pássaros, e todos que por ali estavam presentes.

Muito agoniado, chega o papagaio Lorovaldo, gritando:

- Tabareu, tabareu, vamos logo ao assunto que eu não tenho tempo a perder...

Josefa, com sua postura elegante e rígida, proclama:

- Quero a atenção de todos e espero ser retribuída com a certeza de que vão me obedecer!

Vejam essa reportagem:

“O desmatamento a cada dia deixa a vida do homem e dos animais em risco” (Jornal local).

Josefa segue:

- Sabemos que a cada dia a destruição de nossa natureza é crescente e com isso, somos muito prejudicados. Não é justo deixar que a nossa floresta sofra com o desmatamento. É necessário que haja uma conscientização do homem para não acabar destruindo por completo nosso meio ambiente.

Dona girafa:

- Olha senhora Josefa, eu com esse pescoço tão grande, e agradeço a Deus por isso, porque posso ver muita coisa de errada acontecendo por aqui sou sincera com a senhora: vejo todos os dias humanos, vindo aqui para destruir nosso lugar. Eles não pensam em nós. Chegam, desmatam, vão embora e voltam no dia seguinte. Sei que a senhora se preocupa com a gente, mas acho que a senhora tem que se preocupar também com quem causa isso, porque a gente não tem culpa não...

Senhora Josefa:

- Dona girafa, concordo com a senhora. Mas eu já pensei em tudo. Estou com essa intenção em ambas as partes, entre os humanos, que assim como eu também querem o melhor da natureza e nós vamos sim chegar até essas pessoas que chegam aqui para destruir a casa e a vida de vocês, mas sei que a senhora vê que é importante eu está aqui também, porque quero a contribuição de todos os moradores. Vocês podem ajudar e muito, porque são os que mais presenciam a vinda e as mazelas que eles realizam por aqui.

Toda a bicharada:

- É verdade isso! Nós vemos tudo!! Eles não pensam em nós!!! A gente vai é morrer aos poucos!! A senhora esta certa! Eu quero acabar com isso! Nós vamos acabar com isso...

Senhora Josefa:

- Pois bem, meu objetivo é simples: Quero diminuir e se possível acabar com essa ação.

- Eu, como humana vou conscientizar aos outros e vocês, principalmente vocês vão expulsar quem aqui aparecer para tal ato. Entendido?!

- Sim senhora! Deixa com nós!!!

E assim se fez: todos passaram a lutar pela sobrevivência da floresta,

e demorou para se vê outras reportagens daquelas por ali!

Moral da história: A união faz a força!

quarta-feira, 16 de junho de 2010

A favor da humanidade

RESENHA

EU SOU a lenda. Direção: LAWRENCE, Francis. Produção Akiva Goldsman. Gênero: Ficção científica. Warner Bros. EUA, 2007. DVD.


Ludemberg Pereira Dantas

Uma produção cinematográfica de ficção científica e terror, produzido no ano de 2007, com a direção de Francis Lawrence, diretor de videoclipes e de cinema, e a participação de Will Smith, artista renomado dos Estados Unidos com sucesso no cinema, na televisão e na música. O Ator protagonista vive o papel de Robert Neville, um cientista militar, tendo a pesquisa como fundamental para a inquietação humana. Uma adaptação do livro homônimo de Richard Matheson.

A história se desenvolve com a presença de um vírus, transmitido pelo ar que se alastra na cidade de Nova York e se espalha pelo mundo, causado há três anos por um cientista que buscava a cura para o Câncer. Robert o único que não foi contaminado, busca eliminar o vírus e salvar a população de 2012, mostrando ao mesmo tempo postura de “homem de guerra” e “exemplar estudioso da medicina”. As vítimas, a grande maioria morre e os demais vivem como vampiros, com sintomas semelhantes ao da raiva, comportamento selvagem e agressivo.

A luta diária de Robert Neville é seguida com os cuidados em não cometer algum erro para não ser pego pelas pessoas infectadas e também com a solidão que o atormenta a cada instante, vivendo somente com a companhia de sua cadela, Sam (Samantha). O filme é considerado de alto investimento, com cenas milionárias, como o exemplo da cena da Ponte de Brooklin, uma das mais antigas pontes de suspensão dos Estados Unidos, com 1.834 metros de comprimento, considerada a mais longa cena já filmada na cidade de Nova York até hoje, custando cinco milhões de dólares no orçamento.

A história segue tendo a pesquisa como um dos principais focos. A luta do coronel Robert é exemplo presente, estudando a solução para a descoberta da cura do vírus que destruiu 90% da humanidade. Buscando dados, registrando, analisando, fazendo experiências, tendo vítimas como cobaias, tudo em um laboratório equipado, usando seu próprio sangue. Sendo imune ao vírus, Robert passa a lutar a favor da cura, tento seus dias repletos de muita agitação, buscando respostas que lhe traga bons resultados. A pesquisa em laboratório, presente no filme, é exemplo de que o homem deve ir além de suas afirmações.

Como não vive mais em uma sociedade agitada, seguindo a rotina da grande Nova York, Robert tem momentos de solidão, em que procura refúgio dialogando com as manequins espalhadas nas lojas, montadas por ele mesmo, tendo em sua cadela a garantia de uma boa companhia. O exemplo maior de perseverança, de luta está presente quando o cientista busca na pesquisa soluções para o fim do vírus e a salvação da humanidade.

Na esperança de encontrar alguém a salvo, o militar espalha mensagens de rádio falando de sua sobrevivência. Uma Nova York vazia, abandonada como nunca. A presença dos monstros contaminados atormenta a cada instante a vida de Robert. Na tentativa, faz diagnósticos em pacientes contaminados, não encontrando cura.

Pesquisa, movimento e vontade, fazem do homem de Eu sou a lenda exemplo de força, garra e determinação.

Sem saber como se tornou imune do vírus, Robert, permanece salvo ao contato e a transmissão pelo ar. Os cães permanecem imunes somente com a transmissão ao ar, é quando sua cadela Sam é surpreendida por um dos monstros, chegando a ter que ser sacrificada pelo melhor amigo. Uma cena emocionante, quando Robert passa então a ter que viver a sós, entrando em desespero.

Com o objetivo de levantar possíveis soluções, respostas para perguntas inquietantes, afirmações para conceitos já firmados, a pesquisa passa a ser de fundamental importância para a existência da humanidade, tendo no filme o exemplo da medicina que transforma a vida humana.

O exército tenta salvar a população do vírus, onde todos vivem em aflição, buscando ser salvos e só podem ser levados aqueles que ainda não foram contaminados. Entre eles, tem a mulher a filha Neville que deixam Robert na esperança de reencontrá-lo, mas um acidente provocado por um helicóptero os separa por definitivo, tomando conhecimento do início da história por flash de sonhos e lembranças de Robert.

O desespero é muito presente na vida do único sobrevivente, no momento que ele passa a eliminar aqueles contaminados, que tentam atacá-lo. Quase que atingido, é salvo pela luz forte de um farol, trazendo Ana, interpretada por Alice Braga, atriz brasileira, que faz um trabalho brilhante ao lado do grande Will Smith. Acompanhada do filho Íthan, chegam até o militar por ouvir a mensagem de sobrevivência.

Uma passagem marcante é a lembrança feita ao “rei do reggae”, Boby Marley, em que Robert faz referência como “um ser humano que acreditava curar racismo e ódio injetando música e amor na vida das pessoas”. Ana até então desconhece o ícone da música, sendo para ele inaceitável esse desconhecimento. Qualifica o artista na frase: “Uma luz na escuridão”.

Em meio a tantas tentativas, o sucesso: a cura do vírus se faz presente. Quando não mais podem fugir dos monstros, Robert deixa Ana e o filho fora de perigo e passa a tentar acalmar as vítimas, que agressivos, só querem atacá-lo. Robert tenta convencê-los de que sua missão é salvá-los, gritando: - Eu posso salvar vocês. – Eu posso ajudar vocês. – Eu posso salvar todo mundo! Robert vê em Ana uma borboleta tatuada no pescoço, lembrando sua filha antes de partir: - Papai olha, é uma borboleta. Frase que marca o fim da família.

“O doutor Robert dedicou a sua vida a descoberta da cura e a salvação da humanidade. Em 09 de setembro de 2012 ele descobriu a cura, as 20h49m e as 20h52m ele deu a própria vida para defendê-la. Nós somos o legado dele. Esta é a sua lenda. Uma luz na escuridão”.

O filme é sugerido para estudantes, professores, profissionais e estudiosos em geral que tem a pesquisa como fonte de construção de conhecimento. Uma produção enriquecedora, tratando do conhecimento científico e da salvação da vida humana, na certeza de que existem respostas em meio a pesquisas, deixando a mensagem de que o homem pode ser persistente e acima de tudo um guerreiro.