QUESTÃO
PARA REFLEXÃO:
PÓS-GRADUAÇÃO
LATU SENSU EM DOCÊNCIA UNIVERSITÁRIA
COMPONENTE
ESTUDOS SÓCIOS ANTROPOLÓGICOS
DOCENTE:
KEDMA BARRETO
Quais desigualdades sociais podem
ser percebidas no livro A Sociedade do Espetáculo (Guy
Debord) numa visão da realidade contemporânea?
Qual a produção de espetáculos
nessas relações sociais constituídas no cotidiano atual pode ser percebida em
sua leitura que permeiam o universo educacional e que configura um possível
conteúdo cultural a exemplo do consumo?
Por:
Ludemberg Pereira Dantas
Diante o
desenvolvimento socioeconômico cultural presente na contemporaneidade,
percebemos no livro A Sociedade do Espetáculo
de Guy Debord (1931-1994), a grandeza de uma leitura proporcionando ao seu
leitor um novo olhar diante a sociedade e sua existência ao meio.
Fazendo
parte a um universo de diferenças, o homem e suas especificidades a cada instante
vivencia dificuldades, essas das quais lhes servem de apoio para a superação e
idealização de sua identidade. Em Sociedade
do Espetáculo percebemos muitas das desigualdades da realidade
contemporâneas, do tipo:
A indústria moderna: a marca de uma sociedade
que constrói e sustenta um mercado financeiro em detrimento de uma garantia
estável. É o poder do comércio, da compra e venda de mercadorias, dos serviços
em benefícios próprios, da exigência da mão de obra qualificada.
Uma economia reinante: a imagem de uma
sustentabilidade, um desenvolvimento que é tudo, e o fim não é nada,
preservando e transformando o espetáculo que não quer chegar a outra coisa
senão a si mesmo.
A separação generalizada do trabalhador:
uma oferta em favor do maior crescimento econômico. Homens e mulheres, que
dedicam grande parte de suas vidas nas diversas atividades financeiras,
servindo de lucro e de necessidade. Todas suas produções os levam a perderem-se
e encontrarem-se.
Um Isolamento: levando o indivíduo a
ocultar-se, no momento que se poderia viver em liberdade, em busca e alcance de
seus objetivos, permitindo-se fazer parte de um momento em que o processo
técnico o isola.
A alienação: que traduz o que a sociedade
é ou poderia ser, caso ousasse a não se permitir trancar-se na doutrina
conservadora do tornar-se favorável para os meios desfavoráveis. Infelizmente,
alienar-se torna-se um grande mal constante, sendo preciso uma consciência e
busca por uma liberdade transformadora, com o controle para o "melhor
servir".
No caráter
educacional, o livro A Sociedade do
Espetáculo tem uma contribuição extremamente necessária, no memento que o
consumo presente em todo o corpo do livro, oferece um crescimento cultural, levando
o leitor a perceber que a sociedade é vítima de um espetáculo, no momento que
as cortinas se abrem para negar o que poderia ser de direito, justificando o
que pode ser considerado e questionado.
Seja com uma economia
política que pode e deve dominar; seja o trabalho visto como a única instância
de nascimento da mercadoria; a degradação do ser em ter; o dinheiro como
domínio e representação central; uma busca generalizada do ter e do parecer, em
fim, todo um processo que nos leva sempre a um “espetáculo”. Assim, conclui-se
que a leitura do referido livro, vem para se pensar uma nova educação, uma nova
construção intelectual e ideológica, da qual seja de fato construída “A Sociedade do Espetáculo”: sociedade
essa que valoriza o indivíduo, sua personalidade, sua liberdade, sua maneira de
pensar, agir e sentir; naturalmente.
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