RESENHA
NAPOLITANO, Marcos. Como usar a televisão na sala de aula. 7ª ed. - São Paulo: Contexto, 2007. (Como usar na sala de aula).
Discentes:
Josafá Alecrim ¹
Ludemberg Dantas
Maria Claudinei
Milton Cardoso
Sônia Marlene
O autor, Marcos Napolitano, é doutor em História Social pela USP,
professor do Departamento de História da USP, onde leciona História do Brasil
Independente. Foi professor da Universidade Federal do Paraná. Autor de vários
livros, entre eles, Como Usar o Cinema em
Sala de Aula, Como usar a televisão
na sala de aula, Cultura brasileira:
utopia e massificação e co-autor de História
na Sala de Aula e Fontes Históricas,
todos publicados pela Editora Contexto.
Marcos Napolitano apresenta no livro Como
usar a televisão na sala de aula visões
e alertas de como o professor deve usar essa ferramenta na prática da sala de
aula, servindo de suporte para apoiar o desenvolvimento da aula com mais
interação e novas perspectivas no ensino/aprendizado. O autor mostra a
Televisão como um veículo de possibilidades para o ensino na sociedade
contemporânea, como sendo fruto de benefícios ou até mesmo alienações, sendo
essa discussão força para o desenvolvimento de sua análise:
[...], nos usos sociais da TV, interferem fatores
importantes, muitas vezes ambíguos, que são fundamentais em qualquer
experiência cultural e simbólica: razão e emoção; alienação e participação;
sonho e realidade; lazer e trabalho; tédio e frustração. (NAPOLITANO. p. 17,
2007).
No desenvolver da escrita, Marcos afirma que a televisão passou por todo
um processo de adaptação da linguagem e que na contemporaneidade, essa
representação segue com ideias de cunho “apelativo e institucional”, no momento
em que é tida como uma mercadoria, onde os produtores são os desenvolvedores da
programação, e os receptores o próprio público telespectador, que acaba direta
ou indiretamente, “fies” a todo um processo de causas e efeitos.
De acordo com Napolitano, o uso de novas linguagens motivam os alunos,
dando oportunidade à escola de buscar novas fontes de aprendizagem, como as
imagens, os vídeos produzidos pela sociedade e veiculados por um veículo
específico como a TV.
O autor também aponta para o fenômeno da tecnologia e a dificuldade em
estabelecer relação entre as classes sociais tradicionais e aquela vivida numa
era da tecnologia, da midiabilidade, levando reflexão a respeito da palavra
escrita e como os conteúdos midiáticos podem contribuir na formação ou aprendizagem,
relacionada com um campo social que domina e que pressupõe um conjunto de
identidades e experiências sociais. A TV, segundo Napolitano, é o componente
midiático por excelência:
“[...] questão principal que a escola deve pensar:
como a TV realiza a socialização de conteúdos diversos (estéticos,
informativos, científicos, de entretenimento etc.) sem passar pela
decodificação da linguagem escrita”. (NAPOLITANO. p. 17, 2007).
O conteúdo da TV, devidamente apropriado pela escola, é articulado com o
conhecimento científico e escolar, trabalhado pelos meios e linguagens tradicionais.
Deprende-se que Napolitano delimita bem o que é real, vivenciado pelo aluno no
dia a dia e o que é reproduzido na TV, incorporando valores e comportamentos
ideológicos. Por outro lado, o autor conscientiza o leitor contra o preconceito
e críticas artificiais contra a mídia televisual.
Portanto, cheio de contra pontos interessantes para se pensar a respeito
da relação entre TV e escola, o autor trás reflexões e procedimentos
necessários para a articulação dos conteúdos da TV na escola, para uma melhor
otimização do trabalho do professor.
¹ Discentes do Curso de Letras, turma
2009.2, Universidade do Estado da Bahia - Departamento de Ciências Humanas e
Tecnológicas - Campus XVI – Irecê – BA. josafarts@hotmail.com,
ludembergpereira@hotmail.com, mariclau2001bsgb@gmail.com, sistemaestelar@gmail.com, soniamarlenefigueiredo@hotmail.com.
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