sexta-feira, 10 de agosto de 2012

RESENHA: NAPOLITANO, Marcos. Como usar a televisão na sala de aula. 7ª ed. - São Paulo: Contexto, 2007. (Como usar na sala de aula).



RESENHA

NAPOLITANO, Marcos. Como usar a televisão na sala de aula. 7ª ed. - São Paulo: Contexto, 2007.  (Como usar na sala de aula).


Discentes:

Josafá Alecrim ¹
Ludemberg Dantas
Maria Claudinei
Milton Cardoso
Sônia Marlene
   
O autor, Marcos Napolitano, é doutor em História Social pela USP, professor do Departamento de História da USP, onde leciona História do Brasil Independente. Foi professor da Universidade Federal do Paraná. Autor de vários livros, entre eles, Como Usar o Cinema em Sala de Aula, Como usar a televisão na sala de aula, Cultura brasileira: utopia e massificação e co-autor de História na Sala de Aula e Fontes Históricas, todos publicados pela Editora Contexto.
Marcos Napolitano apresenta no livro Como usar a televisão na sala de aula visões e alertas de como o professor deve usar essa ferramenta na prática da sala de aula, servindo de suporte para apoiar o desenvolvimento da aula com mais interação e novas perspectivas no ensino/aprendizado. O autor mostra a Televisão como um veículo de possibilidades para o ensino na sociedade contemporânea, como sendo fruto de benefícios ou até mesmo alienações, sendo essa discussão força para o desenvolvimento de sua análise:

[...], nos usos sociais da TV, interferem fatores importantes, muitas vezes ambíguos, que são fundamentais em qualquer experiência cultural e simbólica: razão e emoção; alienação e participação; sonho e realidade; lazer e trabalho; tédio e frustração. (NAPOLITANO. p. 17, 2007).

No desenvolver da escrita, Marcos afirma que a televisão passou por todo um processo de adaptação da linguagem e que na contemporaneidade, essa representação segue com ideias de cunho “apelativo e institucional”, no momento em que é tida como uma mercadoria, onde os produtores são os desenvolvedores da programação, e os receptores o próprio público telespectador, que acaba direta ou indiretamente, “fies” a todo um processo de causas e efeitos.
De acordo com Napolitano, o uso de novas linguagens motivam os alunos, dando oportunidade à escola de buscar novas fontes de aprendizagem, como as imagens, os vídeos produzidos pela sociedade e veiculados por um veículo específico como a TV.                  
O autor também aponta para o fenômeno da tecnologia e a dificuldade em estabelecer relação entre as classes sociais tradicionais e aquela vivida numa era da tecnologia, da midiabilidade, levando reflexão a respeito da palavra escrita e como os conteúdos midiáticos podem contribuir na formação ou aprendizagem, relacionada com um campo social que domina e que pressupõe um conjunto de identidades e experiências sociais. A TV, segundo Napolitano, é o componente midiático por excelência:

“[...] questão principal que a escola deve pensar: como a TV realiza a socialização de conteúdos diversos (estéticos, informativos, científicos, de entretenimento etc.) sem passar pela decodificação da linguagem escrita”. (NAPOLITANO. p. 17, 2007).

O conteúdo da TV, devidamente apropriado pela escola, é articulado com o conhecimento científico e escolar, trabalhado pelos meios e linguagens tradicionais. Deprende-se que Napolitano delimita bem o que é real, vivenciado pelo aluno no dia a dia e o que é reproduzido na TV, incorporando valores e comportamentos ideológicos. Por outro lado, o autor conscientiza o leitor contra o preconceito e críticas artificiais contra a mídia televisual.
Portanto, cheio de contra pontos interessantes para se pensar a respeito da relação entre TV e escola, o autor trás reflexões e procedimentos necessários para a articulação dos conteúdos da TV na escola, para uma melhor otimização do trabalho do professor.



¹ Discentes do Curso de Letras, turma 2009.2, Universidade do Estado da Bahia - Departamento de Ciências Humanas e Tecnológicas - Campus XVI – Irecê – BA. josafarts@hotmail.com, ludembergpereira@hotmail.com, mariclau2001bsgb@gmail.com, sistemaestelar@gmail.com, soniamarlenefigueiredo@hotmail.com.

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